Uma professora, que preferiu não se identificar, registrou um boletim de ocorrência, nesta segunda-feira (13) após levar chutes, socos e ter o seio apalpado por um aluno de 9 anos, considerado autista. O caso teria acontecido em uma escola de Cuiabá, durante o desenvolvimento de uma atividade, na última sexta-feira (10).
Conforme relato da docente, ela estaria auxiliando o aluno em uma atividade de pintura, quando ele passou a ficar agressivo por não ter gostado da cor ela pintou o desenho. A criança passou a gritar muito e a desferir socos contra a professora, que afirma ter encoberto o rosto para se defender e evitar que seu óculos fosse quebrado.
Rapidamente, um homem que atua como Cuidador de Aluno Especial (CAD) tentou ajudá-la e também foi alvo de chutes e socos, mas conseguiu conter a criança. Momentos depois, o menino teria conseguido se desvencilhar e partiu para cima da professora novamente. Ele teria agarrado a blusa dela e apertado os seios da mulher. Quando ela tentou tirar a mão dele, levou mais dois murros no braço.
Diante da situação, professora e o cuidador teriam ido buscar respostas quanto à conduta da criança na coordenação da unidade escolar. A coordenadora teria dito que “infelizmente não teria muito o que fazer porque o menor é amparado por lei”, e que em outra situação já havia chamado a mãe do menino até a escola, mas a mulher não teria comparecido.
Ainda conforme o relado da professora no boletim de ocorrência, ela não teve acesso a um laudo que comprove que, de fato, a criança é autista, e se faz acompanhamento médico ou se usa alguma medicação. A professora contou ainda que outros funcionários da escola já foram agredidos pelo menor.
Após as agressões, ela conta que precisou fazer um exame de raio-x no Hospital Ortopédico em Cuiabá, onde precisou tomar medicação venosa e orientada a fazer uso de medicação via oral por 7 dias, devido ao inchaço em um dos braços. Ela deve retornar ao hospital na terça-feira (14), para receber o resultado dos exames.
Ao comunicar a coordenadora sobre a hospitalização via mensagem de WhatsApp, teria recebido a seguinte mensagem “Infelizmente, nessa situação, não há muito o que fazer”.
Folha Max