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Sorriso: Mãe de Giovanni diz que não irá esperar cadela dos Bombeiros e que irá procurar cabeça do filho; “eu não tive meio filho” disse

Após a divulgação da notícia de que as forças de segurança iriam esperar pela volta de Maya para procurar pela cabeça do adolescente Giovanni Stephano Viotto de Oliveira, de 16 anos, a mãe do jovem se manifestou contraria a decisão. O corpo do adolescente foi encontrado na última segunda-feira (13.05) mas a cabeça não foi localizada.

Maya é a cadela de buscas do Corpo de Bombeiros de Sorriso, que está trabalhando juntamente com sua condutora Sgt Daiane Rocha nas buscas e resgates na tragédia do Rio Grande do Sul. A decisão de esperar o retorno de Maya seria dificuldade de localizar os restos mortais. Em campo aberto, um cão de buscas pode varrer uma área que equivale ao trabalho de 20 homens.

A mãe do adolescente rebateu dizendo não aceitaria esperar pela volta da cadela e que continuaria indo ao local procurar por meios próprios “tive um filho inteiro, não meio filho (…) Já sabemos que o córrego não vai baixar mais do que já baixou. Então não tem o que mais esperar, já tive 28 dias de espera e angústia. Minha dor é meu sofrimento não terminaram ainda” disse a mulher.

O corpo de Giovanni ainda não foi enterrado pois só pode ser entregue a família após um exame de DNA em cada parte encontrada, e o procedimento pode ser demorado.

O CASO

O corpo do adolescente foi encontrado pelo próprio avô que acompanhava o trabalho do Corpo de Bombeiros na manhã dessa segunda-feira (13.05) no córrego onde o menor apreendido havia indicado. O avô do jovem, que ajudava nas buscas, relatou para a imprensa que durante as buscas ele era “puxado” para outro local, fora das buscas, e ao descer o córrego encontrou o corpo do neto boiando e preso em alguns galhos, mas a cabeça não foi localizada.

As buscas por Giovanni se iniciaram no local na manhã desse domingo, após um dos melhores amigos do adolescente ser apreendido por envolvimento no crime, após apreendido o menor indicou o local de desova e também entregou os demais envolvidos no crime.

Um detalhe na investigação da morte de Giovanni chamou a atenção dos policiais e da população, além da revolta dos familiares, o jovem que foi apreendido e suspeita de participação no crime, eram “amigos” de Giovanni, é tanto que Giovanni tinha uma tatuagem com a letra “J” em homenagem ao amigo, que traiu sua amizade e participou de sua morte. O menor apreendido também tinha uma tatuagem com a letra “G” de Giovanni, o que representava uma forte amizade entre eles.

Este detalhe revoltou todos que participaram da operação para apreensão e prisões dos envolvidos na morte de Giovanni, isso porque a proximidade fez com que Giovani, possivelmente, não desconfiasse que estava sendo levado para a morte, em uma região de mata ao lado de um córrego, aos fundos do bairro Jd. Carolina.

Após a apreensão do menor, investigadores da Polícia Civil, Policiais Militares e o Corpo de Bombeiros iniciaram nesse domingo de dia das mães (12.05) buscas pelo Corpo do adolescente Giovanni Stephano Viotto de Oliveira, de 16 anos, em um córrego numa região de mata no bairro Jardim Carolina, Giovanni estava desaparecido desde o dia 14 de abril, quando saiu de casa com uma motocicleta Honda CG Titan.

Segundo o delegado da Polícia Civil, doutor Bruno França, um menor suspeito de envolvimento no crime foi apreendido e indicou o local onde o corpo foi desovado, além disso, o menor teria ainda entregue os outros envolvidos no crime, inclusive a mandante, identificada como Jhuly Naoli Zanoni, que foi presa já na tarde desse domingo durante uma ação integrada entre a Polícia Militar e a Polícia Rodoviária Federal, a mulher que estava fugindo foi encontrada pela polícia em Dourados, no Mato Grosso do Sul.

Segundo o delegado, a morte ocorreu em decorrência de dívidas de entorpecentes. A mandante do crime seria a traficante para quem o adolescente estava devendo, ainda não se sabe o valor da dívida, mas a mulher teria pedido para a chefia da facção que Giovanni fosse morto e o seu pedido foi atendido. “Ela é mandante intelectual, participou de toda a dinâmica e o motivo da morte foi dívida de droga”, disse o delegado.

Bruno relata que a vítima foi assassinada com requintes de crueldades. “Eles eram amigos (vítima e mandante) próximos, acabaram se desentendendo por causa dessa dívida e infelizmente as informações são que a morte foi cometida da pior forma possível. A Polícia Civil acredita que o rapaz seja decapitado vivo e a sua morte foi transmitida ao vivo para os mandantes do sistema prisional”, disse o delegado.

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