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MT: Delegado acusado de liderar “gabinete do crime” é afastado do cargo, mas tem salário mantido

A delegada-geral da Polícia Civil, Daniela Maidel, determinou nesta segunda-feira (03) o afastamento do delegado Geordan Antunes Fontenelle. O policial foi preso durante a “Operação Diaphthora” acusado de liderar um esquema criminoso que cobrava aluguel de presos e recebia propina para liberação de itens apreendidos na delegacia de Peixoto de Azevedo.

Com o afastamento, o policial não poderá mais exercer suas funções, mas continuará recebendo salário, que atualmente é de R$ 26 mil, mas pode ultrapassar os R$ 30 mil com adicionais e benefícios.

A informação do policial foi publicada nesta segunda-feira (3) no Diário Oficial do Estado em portaria assinada pela delegada-geral.

Preso em operação

A “Operação Diaphthora” cumpriu 12 mandados judiciais para apurar um esquema criminoso liderado por Geordan Fontenelle, um investigador de polícia, um advogado e garimpeiros. Contra a autoriade policial foi cumprido um mandado de prisão. 

Entre os crimes praticados pela associação criminosa foi demonstrado no inquérito que o delegado e o investigador solicitavam o pagamento de propina para liberação de bens apreendidos; exigiam pagamento de “diárias” para hospedagem de presos no alojamento da delegacia e, ainda, pagamentos mensais sob a condição de decidir sobre procedimentos criminais em trâmite na unidade policial. 

Todos os esquemas e acertos levam à conclusão de que existia um verdadeiro “gabinete do crime”.

Repórter MT

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