O Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) de Sorriso confirmou, na última semana de agosto (19 a 24), um caso positivo para a Febre do Mayaro, uma doença viral transmitida por mosquitos. A confirmação veio do Laboratório Central de Saúde Pública do Estado de Mato Grosso (Lacen), que identificou o vírus em uma amostra colhida em março deste ano.
O paciente é uma criança do sexo masculino, com 4 anos, 11 meses e 9 dias na data da coleta do exame. A criança apresentou sintomas leves, como febre, coriza e dor abdominal, e foi atendida na Unidade de Saúde da Família Jardim Primavera USF III, com suspeita inicial de dengue. Após a consulta, a criança evoluiu bem, com rápida recuperação, e não houve necessidade de hospitalização. Não há registros de viagem recente da família, o que levanta preocupações sobre a circulação do vírus na região.
Inicialmente, os exames realizados em março deram negativo para dengue. No entanto, devido ao grande número de amostras e à complexidade do diagnóstico, o Lacen decidiu reanalisar as amostras que haviam negativado para dengue, chikungunya e zika vírus. Desta vez, a testagem incluiu outras arboviroses, como o Mayaro e o Oropouche, resultando na confirmação da Febre do Mayaro.
Os sintomas da Febre do Mayaro são semelhantes aos provocados por outros arbovírus, como o Chikungunya, incluindo febre aguda, cefaleia, mialgia e exantema. Um dos principais sintomas, especialmente nas formas mais graves da doença, é a artralgia, que pode ser acompanhada de edema articular. Em alguns casos, a dor nas articulações pode ser incapacitante e persistir por meses. Embora raros, casos graves da doença podem evoluir para encefalite, uma inflamação no cérebro.
A Febre do Mayaro é causada pelo vírus Mayaro (MAYV), pertencente à família Togaviridae, gênero Alphavirus, e é transmitida por mosquitos. A Secretaria de Saúde de Sorriso orienta que, ao apresentar sintomas semelhantes aos da dengue ou outras arboviroses, como chikungunya, zika e mayaro, a população deve procurar imediatamente uma unidade de saúde para avaliação e tratamento adequado.
A vigilância em saúde continua monitorando a situação, reforçando a importância das medidas de prevenção contra a proliferação de mosquitos e o cuidado com possíveis sintomas.
NOTA DA SAÚDE