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Peixoto: Ministro do STJ mantém prisão de médico acusado de duplo homicídio

O ministro Antônio Saldanha Palheiro, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou o pedido de habeas corpus e manteve a prisão preventiva do médico Bruno Gemilaki, filho da fazendeira Inês Gemilaki. Ambos são acusados de invadir a casa de um garimpeiro e assassinar dois idosos no município de Peixoto de Azevedo. A decisão foi proferida na terça-feira (8).

Segundo as investigações, Bruno, Inês e Éder Gonçalves Rodrigues invadiram a residência de Enerci Afonso Lavall, conhecido como “Polaco”, com a intenção de matá-lo devido a um desentendimento sobre um contrato de aluguel entre ele e Inês. Durante o ataque, os criminosos acabaram matando Pilson Pereira da Cruz, de 69 anos, e Rui Luiz Bogo, de 81 anos, que estavam no local.

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) havia decretado a prisão preventiva dos acusados, ressaltando a brutalidade do crime, cometido durante uma confraternização e diante de várias testemunhas. Após a ordem de prisão, Bruno Gemilaki recorreu ao STJ, argumentando que agiu em defesa de sua mãe, que estaria sendo ameaçada por Enerci.

A defesa de Bruno também sustentou que ele, como médico, tem o dever de proteger vidas, e pediu a revogação da prisão preventiva ou a substituição por medidas cautelares. Inicialmente, o pedido foi aceito pela presidente do STJ, mas o Ministério Público Federal (MPF) se manifestou contra a decisão.

Após a análise, o ministro Saldanha Palheiro decidiu pela manutenção da prisão, afirmando que medidas cautelares não seriam suficientes para garantir a ordem pública. Em sua decisão, ele declarou: “Considerando a fundamentação acima expendida, reputo indevida a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão, uma vez que se mostram insuficientes para resguardar a ordem pública.”

O crime

O duplo homicídio ocorreu em 21 de abril deste ano, quando Bruno Gemilaki e sua mãe Inês invadiram a casa de Enerci Afonso Lavall, em Peixoto de Azevedo. Armados, eles atiraram contra as pessoas presentes em uma confraternização. O cunhado de Inês, Éder Gonçalves Rodrigues, aguardava do lado de fora em uma caminhonete, pronto para auxiliar na fuga.

Câmeras de segurança capturaram o momento em que as vítimas tentaram se proteger ao ouvir os disparos, mas os idosos Pilson Pereira da Cruz e Rui Luiz Bogo foram atingidos e morreram no local. De acordo com uma das linhas de investigação, o crime teria sido motivado por uma disputa financeira entre Inês e Enerci, relacionada a um contrato de aluguel de R$ 60 mil.

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