Uma moradora de Sorriso recebeu nesta segunda-feira (02.06) uma mensagem da Central de Regulação do SUS de Cuiabá informando o agendamento de uma consulta com neuropediatra para sua filha, que faleceu há quase sete anos.
A mãe relatou ao JK Notícias que teve uma gestação gemelar em 2017. As duas filhas nasceram prematuras, com 26 semanas. Uma faleceu com 28 dias, por infecção hospitalar, e a outra sobreviveu por um ano e um mês, mas morreu em dezembro de 2018 após pegar uma pneumonia. Como a bebê era prematura, e tinha várias complicações, ela não resistiu e faleceu.
A criança passou a maior parte do tempo internada na UTI do Hospital Júlio Müller, em Cuiabá, e depois foi transferida para Sorriso, onde segundo a mãe, tiveram os aparatos perfeitos, além dos atendimentos dos médicos. Segundo a mãe, a filha usava traque, e gastro, e quando foi transferida para Sorriso tinha vários encaminhamentos para exames e consultas com especialistas, por causa de suas condições de saúde, e por ser prematura.
Já nessa segunda-feira, sete anos depois, ela recebeu uma mensagem da regulação de Cuiabá com a seguinte pergunta: “Falo com responsável por L.C.O? Meu contato é referente a agendamento de uma consulta em neurologia – pediatria. Tem interesse?”
A mãe respondeu: “Minha filha faleceu em dezembro de 2018”, e recebeu como retorno: “Sinto muito pela sua perda”.
A situação gerou revolta na mãe, que relatou “ Essa ferida não vai cicatrizar, mas é sacanagem, quase 7 anos depois sair uma consulta. Não é um dia, um mês, um ano. São sete anos”, desabafou.
