Após a publicação da matéria sobre um suposto caso de invasão de domicílio e ameaça ocorrido no bairro São Matheus, em Sorriso, na manhã da última sexta-feira (20.06), a mulher mencionada na ocorrência procurou o JK Notícias para apresentar sua versão dos fatos e contestar as acusações feitas pelo ex-marido.
Segundo ela, o relacionamento com o ex-companheiro durou cerca de 11 anos e, ao longo desse período, o casal conquistou diversos bens, incluindo duas casas, dois kitnets, um carro e uma moto. Ela afirma que, durante a audiência de separação, foi convencida a aceitar um acordo que considera injusto.
“Fiquei com uma casa e uma kitnet, mas ainda tive que assumir uma dívida de R$ 30 mil para arrumar a casa, enquanto ele ficou com a outra casa sem nenhuma pendência e também com o carro. Eu aceitei porque ele disse que ajudaria nosso filho sempre que fosse preciso, mas isso não vem acontecendo”, afirmou.
A mulher também contesta o valor da pensão alimentícia definida no processo. Segundo ela, o ex-marido alegou receber apenas um salário mínimo, o que resultou no valor mensal de R$ 500. No entanto, ela afirma que ele teria uma renda bem superior. “Ele ganha cerca de R$ 10 mil por mês. E a gente sabe que R$ 500 não cobre as despesas de uma criança aqui em Sorriso.”
Sobre a acusação de ter invadido a residência do ex-companheiro e ameaçado atear fogo no carro dele, a mulher nega a invasão. “O portão estava aberto, eu bati palma, pedi licença e entrei. Fui lá apenas pegar os brinquedos e roupas do meu filho. Disse para ele que, se não dividisse o carro comigo, eu ia tacar fogo, sim. Mas falei no calor do momento, porque estou cansada de injustiça.”
Ela também alega que o ex-marido não está sendo transparente e aponta possíveis irregularidades envolvendo o uso de documentos para atuar como motorista de aplicativo, apesar de, segundo ela, ser aposentado por invalidez. “Ele trabalha como motorista de aplicativo com documento que pagou para alguém fazer, porque não pode tirar habilitação legalmente. E na casa dele ainda tem um miau que foi feito pelo irmão, que hoje está preso por falsificação de documentos.”
A mulher afirmou que trabalha todas as noites para sustentar o filho e que só recorre ao pai da criança para ajudá-la nos cuidados quando precisa sair para o trabalho. “Só quero que ele seja justo comigo e com nosso filho. Não tenho medo de dizer a verdade. Sou honesta e correta em tudo que faço.”