DESTAQUEGERAL

Sorriso: Prefeitura diz que cemitério não está lotado e que terá espaço por mais 2 anos; querem exumar corpos enterrados há mais de 40 anos

A Prefeitura de Sorriso negou que o Cemitério Municipal José Maria Pinheiro Oliveira esteja superlotado, mas confirmou que a vida útil do espaço deve se esgotar nos próximos dois a três anos. A informação foi dada pelo secretário municipal Hilton Polesello, que diz já haver estudos em andamento para ampliação da estrutura atual e a busca por uma nova área para implantação de um segundo cemitério público.

Atualmente, o cemitério conta muitos sepultamentos mensais e já está próximo do limite. “Tivemos uma reunião recente com a concessionária que administra o local. O que temos hoje garante o funcionamento por mais dois ou três anos, mas o prefeito já determinou estudos para expansão”, afirmou Polesello.

Entre as medidas em avaliação estão o recuo do muro da parte frontal do cemitério, permitindo a criação de novos jazigos, e a possibilidade de exumar corpos sepultados há mais de 30 ou 40 anos — especialmente aqueles cujas famílias não residem mais no município. Essas ações, no entanto, exigem estudos técnicos, audiências públicas e aprovação legal.

Além da questão estrutural, a prefeitura também pretende reformular o aspecto visual do cemitério, com muros mais altos e melhorias arquitetônicas que tragam mais dignidade ao espaço e conforto aos moradores da vizinhança.

Paralelamente, a administração já estuda áreas no município, conforme o zoneamento urbano, que poderiam receber um novo cemitério. A expectativa, segundo o secretário, é que audiências públicas sobre o tema sejam realizadas até o fim de 2025. A implantação do novo espaço está prevista para ocorrer entre o final de 2026 e 2027.

Em maio, a vereadora Jane Delalibera propôs oficialmente ao Executivo a criação de um crematório público no município. A proposta busca oferecer uma alternativa moderna de sepultamento às famílias, respeitando normas ambientais e culturais.

A prefeitura respondeu que recebeu a indicação e que um estudo de viabilidade econômica será realizado para avaliar a implantação. No entanto, ainda não há prazo definido para a conclusão da análise. Segundo Polesello, a instalação de um crematório exige não apenas investimento, mas também um público interessado e licenças ambientais rigorosas.

“A cidade vizinha de Sinop tenta há mais de 15 anos obter licenças para um crematório. É um processo complexo e que ainda não está nos planos imediatos de Sorriso, até por ser algo que envolve cultura e tradição. Ainda não há demanda significativa por cremação no município”, explicou.

Atualmente, quem deseja cremar um ente querido precisa buscar serviços em outras cidades, o que pode representar um custo elevado às famílias.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Related Posts