O Corpo de Bombeiros de Sorriso retomou nessa sexta-feira (17.05) as buscas pelo corpo do jovem Giovanni Stephano Viotto de Oliveira, de 16 anos. O corpo do adolescente foi encontrado na última segunda-feira (13.05)
O tenente Thiago, do Corpo de Bombeiros relatou que foi feita uma varredura em toda a área procurando por outros ossos e que mergulhadores já descartaram algumas áreas. A cabeça do adolescente, que ainda não foi encontrada, pode ter rolado córrego abaixo devido a densidade do crânio, ou talvez ter enterrada pelos indivíduos após o crime.
“Em contato com nosso comandante regional, já tendo explicado para a mãe, o comandante disponibilizou um cão de busca de Sinop, já que nosso cão de busca, a Maia, está no Rio Grande do Sul. Então, com este cão vamos fazer buscas um pouco abaixo, visando dar andamento a esta busca,” acrescentou o tenente.
Ele destacou ainda a decisão de não esperar o retorno da Maya, o cão de busca de Sorriso, devido à comoção da família. “Concluímos o trabalho no sentido de descobrir que houve o óbito e a possibilidade de que a família fizesse as honras fúnebres. Porém, dada a comoção da família, optamos por não esperar o retorno da Maya e reiniciar já estas buscas,” concluiu o tenente Thiago.
O corpo de Giovanni ainda não foi enterrado pois só pode ser entregue a família após um exame de DNA em cada parte encontrada, e o procedimento pode ser demorado.
O CASO
O corpo do adolescente foi encontrado pelo próprio avô que acompanhava o trabalho do Corpo de Bombeiros na manhã dessa segunda-feira (13.05) no córrego onde o menor apreendido havia indicado. O avô do jovem, que ajudava nas buscas, relatou para a imprensa que durante as buscas ele era “puxado” para outro local, fora das buscas, e ao descer o córrego encontrou o corpo do neto boiando e preso em alguns galhos, mas a cabeça não foi localizada.
As buscas por Giovanni se iniciaram no local na manhã desse domingo, após um dos melhores amigos do adolescente ser apreendido por envolvimento no crime, após apreendido o menor indicou o local de desova e também entregou os demais envolvidos no crime.
Um detalhe na investigação da morte de Giovanni chamou a atenção dos policiais e da população, além da revolta dos familiares, o jovem que foi apreendido e suspeita de participação no crime, eram “amigos” de Giovanni, é tanto que Giovanni tinha uma tatuagem com a letra “J” em homenagem ao amigo, que traiu sua amizade e participou de sua morte. O menor apreendido também tinha uma tatuagem com a letra “G” de Giovanni, o que representava uma forte amizade entre eles.
Este detalhe revoltou todos que participaram da operação para apreensão e prisões dos envolvidos na morte de Giovanni, isso porque a proximidade fez com que Giovani, possivelmente, não desconfiasse que estava sendo levado para a morte, em uma região de mata ao lado de um córrego, aos fundos do bairro Jd. Carolina.
Após a apreensão do menor, investigadores da Polícia Civil, Policiais Militares e o Corpo de Bombeiros iniciaram nesse domingo de dia das mães (12.05) buscas pelo Corpo do adolescente Giovanni Stephano Viotto de Oliveira, de 16 anos, em um córrego numa região de mata no bairro Jardim Carolina, Giovanni estava desaparecido desde o dia 14 de abril, quando saiu de casa com uma motocicleta Honda CG Titan.
Segundo o delegado da Polícia Civil, doutor Bruno França, um menor suspeito de envolvimento no crime foi apreendido e indicou o local onde o corpo foi desovado, além disso, o menor teria ainda entregue os outros envolvidos no crime, inclusive a mandante, identificada como Jhuly Naoli Zanoni, que foi presa já na tarde desse domingo durante uma ação integrada entre a Polícia Militar e a Polícia Rodoviária Federal, a mulher que estava fugindo foi encontrada pela polícia em Dourados, no Mato Grosso do Sul.
Segundo o delegado, a morte ocorreu em decorrência de dívidas de entorpecentes. A mandante do crime seria a traficante para quem o adolescente estava devendo, ainda não se sabe o valor da dívida, mas a mulher teria pedido para a chefia da facção que Giovanni fosse morto e o seu pedido foi atendido. “Ela é mandante intelectual, participou de toda a dinâmica e o motivo da morte foi dívida de droga”, disse o delegado.
Bruno relata que a vítima foi assassinada com requintes de crueldades. “Eles eram amigos (vítima e mandante) próximos, acabaram se desentendendo por causa dessa dívida e infelizmente as informações são que a morte foi cometida da pior forma possível. A Polícia Civil acredita que o rapaz seja decapitado vivo e a sua morte foi transmitida ao vivo para os mandantes do sistema prisional”, disse o delegado.